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Brasília,04/09/2025

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O desafio de ser pai em meio às lutas do trabalho missionário

Neste Dia dos Pais, 10 de agosto, conheça a realidade de dois missionários brasileiros que conciliam paternidade e vocação em contextos bem distintos

Fonte: Comunhão
O desafio de ser pai em meio às lutas do trabalho missionário No sertão da Paraíba, o missionário e pastor Marcelo Félix está a serviço do Reino ao lado dos filhos Deborah Evelyn (15), Neemias (10) e Heloísa (8) - Foto: Arquivo Pessoal

Atuando desde janeiro de 2023 à frente da Primeira Igreja Batista em São José de Princesa, no Sertão da Paraíba, o pastor e missionário Marcelo Félix tem conciliado o ministério com uma missão ainda mais pessoal: a paternidade. Pai de três filhos — Deborah Evelyn (15), Neemias (10) e Heloísa (8) — ele enxerga o papel paterno como um verdadeiro chamado de Deus.

O desafio de ser pai em meio às lutas do trabalho missionário
Para o missionário e pastor Marcelo Félix, a paternidade é um chamado de Deus – Foto: Arquivo Pessoal

“Vejo a paternidade como uma missão de amor, uma oportunidade de moldar em meus filhos o caráter e o amor de Cristo. Meu objetivo é prepará-los não apenas para um relacionamento com Deus, mas também para enfrentarem a vida com fé e perseverança”, compartilha o pastor.

Viver no campo missionário traz grandes desafios, muitos dos quais afetam também sua família. Isolamento geográfico, distância dos familiares e influências externas contrárias aos princípios cristãos são algumas das dificuldades enfrentadas por seus filhos.

“Busco ser um exemplo de fé, verdade, responsabilidade e sabedoria. Além do suporte espiritual, faço questão de oferecer apoio emocional a eles para que possam lidar com as adversidades do nosso contexto”, afirma Marcelo.

Apesar das dificuldades, ele destaca a alegria de ver os filhos engajados na missão ao lado dele e da esposa, a professora Lydiane Araújo Félix, de 43 anos. “Ver meus filhos desenvolvendo amor pela obra missionária é uma grande alegria no Senhor. Isso fortalece nossa caminhada e nos dá certeza de que estamos no centro da vontade de Deus”, conclui.

Na Argentina

O pastor e missionário Robson Prates dos Santos, da Misión Evangélica Belén – Asamblea de Dios, em Maipú, Mendoza, na Argentina, compartilha os desafios e aprendizados de exercer a paternidade enquanto cumpre seu chamado missionário fora do Brasil. Pai de duas filhas, hoje com 25 e 20 anos, ele relata como a mudança para o campo missionário impactou profundamente a vida familiar.

O desafio de ser pai em meio às lutas do trabalho missionário
Para o missionário e pastor Robson Prates dos Santos, o ministério não é apenas dele, mas de toda a família – Foto: Arquivo Pessoal

As jovens chegaram à Argentina ainda adolescentes — a Natália com 16 anos e a Naeli com 11 — deixando para trás o conforto de uma vida estruturada no Brasil, com escola particular, convivência com parentes e amigos próximos. “Elas enfrentaram dificuldades significativas, como discriminação e rejeição nas escolas. A adaptação foi dura e a construção de laços de amizade quase inexistente”, conta o pastor.

Diante disso, Robson intensificou o cuidado e a presença como pai, buscando compensar a ausência de apoio social com atenção emocional. “Desenvolvemos uma paternidade ainda mais atenta, com tempo de qualidade, escuta e sensibilidade. É doloroso vê-las abrirem mão de sonhos, estudos e oportunidades por estarem no campo missionário”, afirma.

Momentos de comparação com parentes e amigas que permaneceram no Brasil — como conquistas acadêmicas, profissionais e materiais — são especialmente marcantes para a família. “Elas veem primas se formando, adquirindo bens, viajando e, muitas vezes, dizem: ‘Eu queria ter conquistado isso’. Como pai, sinto o peso dessas renúncias”, desabafa.

Apesar dos sacrifícios, a família encontra consolo e propósito no chamado que abraçaram juntos. Para o pastor, o ministério não é apenas dele, mas de toda a família. A filha mais nova, Naeli, inclusive, hoje lidera um projeto missionário próprio chamado “Levando o Amor”, que evangeliza crianças e alcança suas famílias através delas. O projeto, que já colhe frutos na Argentina, será levado para a Bolívia.

“Ver minhas filhas também fazendo missão é algo maravilhoso. Sabemos que estamos no centro da vontade de Deus, e isso nos dá forças para continuar”, finaliza Prates.




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